Somente no mês de abril foram postados 30 comentários. E já tem uma nova enquete no ar
Publicado no Jornal do Povo dos dias 16 e 17 de mai de 2009
Como você se prepara para o futuro num mundo de crise? Essa é a pergunta da enquete do mês de maio no blog do projeto JP/24ª CRE na Sala de Aula. Qualquer pessoa pode acessar o blog, conferir as novidades do projeto, postar comentários e responder as enquetes no endereço eletrônico http://jp24crenasalade aula.blogspot.com.
A enquete de abril questionava o que se pode fazer para acabar com a violência na escola. Foram enviados 30 comentários, a maioria deles postados por alunos entre 13 e 14 anos da oitava série do Colégio Diva Costa Fachin, sob a coordenação da professora de Língua Portuguesa Tânia Schaurich Cíceri. Os demais comentários foram feitos por duas professoras, uma pedagoga e dois alunos da Escola Angelina Salzano Vieira da Cunha.
VIOLÊNCIA - Tânia ressalta que o tema violência na escola está sendo abordado desde o início do ano letivo em suas aulas de Língua Portuguesa. “Adorei a iniciativa do blog, que oportuniza este espaço de interatividade entre alunos e professores, dando a chance de todos falarem o que pensam sobre os assuntos propostos”, analisou Tânia. As enquetes do blog são relacionadas às reportagens especiais do projeto JP/24ª CRE na Sala de Aula, publicadas sempre na primeira quinzena de cada mês no Jornal do Povo. A reportagem do mês de junho falará sobre sexualidade.
Importante
Além das enquetes, o blog traz ainda links para acesso aos sites do Jornal do Povo e do programa Jornal e Educação, da Associação Nacional de Jornais (ANJ). O espaço também é utilizado para divulgar atividades promovidas pelos professores participantes do projeto e artigos produzidos por eles.
PARA SABER MAIS
O que dizem os alunos e professores
Confira alguns comentários postados no blog sobre como combater a violência na escola:
> “Todos os espaços de vivência do aluno (criança ou adolescente) influenciam diretamente na sua formação integral, trazendo a necessidade de se levar em conta a bagagem que o aluno adquire também fora da comunidade escolar. Uma parceria entre família e escola (as duas principais redes sociais de um indivíduo em formação) através de projetos, campanhas, atividades em geral que tragam a família para dentro do ambiente escolar promovendo oportunidades de discussão sobre o tema são caminhos que podem proporcionar a conscientização e o engajamento necessários para a transformação desta problemática”.
Vanessa Moraes, 23 anos, pedagoga
> “Em primeiro lugar a família tem que assumir a educação dos seus filhos, não ficar dizendo que é a escola que tem que educar, pois o dever dela não é esse, e sim aumentar os conhecimentos dos alunos e transmitir cultura. Os pais têm que colocar limites nos filhos para que eles percebam que as regras existentes na escola têm que ser cumpridas”.
Isadora Machado, 14 anos, Colégio Diva Costa Fachin
> “Um ótimo modo de acabar com esta violência é fazendo com que os alunos e professores se respeitem, havendo mais diálogo entre esses sujeitos e que dessa forma haja o entendimento entre ambos os lados, que os professores entendam que não se conquista respeito através de agressões, que os alunos compreendam que o período de aula é para aprender e estudar, não de “pôr a fofoca em dia”, e que a autoridade na sala de aula é o professor. E o mais importante é que os responsáveis pelos jovens tomem consciência de que a educação moral do aluno deve partir deles, e não da escola”.
Clarissa Soares Mazuim, 13 anos, Colégio Diva Costa Fachin
> “Tanto a família como a escola podem estabelecer regras para evitar a violência escolar. É possível proteger seu filho para que não se converta em um agressor ou em uma vítima de agressão? Claro que sim. Lutar contra o abuso é uma responsabilidade de todos”.
Eduardo da Silva Flores, 13 anos, Colégio Diva Costa Fachin
> “Primeiro deve ser mantida uma estrutura familiar, onde desde os primeiros anos de vida a criança cresça num ambiente de harmonia familiar, respeito, disciplina. Os pais devem participar constantemente do processo educacional dos filhos, acompanhando os mesmos na sua participação dentro da sala de aula. O papel da escola é passar conhecimento e deve ter o respaldo dos pais para fazer este trabalho de cidadania”.
Douglas Diehl Dias, 13 anos, Colégio Diva Costa Fachin
> ”Cada um deve fazer a sua parte. Evite de chamar os seus colegas de gordo ou de magrelo, não ponha apelidos nos outros que os magoem. Também devemos seguir de acordo com as regras da escola. Foi pra isso que elas foram feitas. Respeite os outros como gostaria de ser respeitado. Se algum professor ou aluno desobedecer as regras da escola, conte à direção, também é para isso que existe o conselho escolar. Se cada um fizer a sua parte poderemos acabar com a violência nas escolas”.
Gabriel Dias de Vargas, 14 anos, Colégio Diva
> “Está provado que a violência só gera violência. Por trás de um garoto abandonado existe um adulto abandonado, e o garoto abandonado de hoje é o adulto abandonado de amanhã. Em vez de se falar da violência, é melhor conversar sobre a paz. Um dia ouviremos falar isso e teremos orgulho de mudar o mundo. E nós temos que fazer a nossa parte, vamos nos conscientizar”.
Marielle Souza, 13 anos, Colégio Diva
> “A escola parece não ser mais a mesma, porque não param de acontecer casos de violência escolar. Há casos de famílias que pensam o seguinte: que os filhos indo à escola, já estão sendo educados. Mas nós sabemos que não é assim, a educação começa em casa, e que a escola é para adquirir conhecimento, e não para desempenhar o papel que deveria ser da família. Os alunos refletem na sala de aula tudo o que lhes foi ensinado em casa, desde comportamento, atitudes e respeito. Para acabar com a violência escolar é preciso que a família do jovem imponha autoridade e limites a ele, não o deixando fazer o que quiser”.
Guilherme Moreira Silveira, 13 anos, Colégio Diva
> A violência escolar é uma prática absurda que vem tomando grande espaço nos noticiários e na mídia em geral. É realmente digno de perplexidade ver tantos casos de agressões dentro de uma escola e não achar que isso é um absurdo. Pois vejam só: além de não dar a mínima, muitos ainda põem a culpa no órgão formador de cidadãos: a escola. Este é o erro: culpar a instituição de ensino pela agressividade dos alunos. Ora, as pessoas tornam-se ou fingem-se de cegas e desassociam a responsabilidade desses comportamentos à sociedade e à famíla”.
Bruno Luiz de Souza Ronchi, 13 anos, Colégio Diva